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O aumento no uso de UV-C leva a um resumo da investigação de produtos da tecnologia UV para fins germicidas

A luz UV-C pode ser um poderoso desinfetante, mas seu uso seguro exige proteções com controles primário e secundário.

Blue UVC lighting technology

Novembro 23, 2020

Há um tema em alta na indústria de iluminação, e vai muito além do aumento de eficiência energética ou de lâmpadas inteligentes. O desafio do coronavírus levou as empresas a desenvolverem produtos germicidas baseados na tecnologia ultravioleta (UV), para ajudar a mitigar a infecção. 

As lâmpadas UV-C têm a capacidade de desinfetar partículas atmosféricas e superfícies de alto toque, segundo o National Center for Biotechnology Information (NCBI). De acordo com Juan Caamano Jr., um dos engenheiros chefes da divisão de Iluminação da UL, o interesse na certificação de sistemas de esterilização por UV deu um enorme salto no início de abril. 

A Cooper Lighting Solutions, uma cliente UL, é uma das empresas interessadas no mercado de esterilização por UV. Ela entrou em contato com a Gerente de Contas Estratégicas Kristin Burt, para descobrir se a UL poderia desenvolver um programa de conformidade para uma solução de UV germicida.

Burt e Caamano, juntamente com Bahram Barzideh, gerente de engenharia da UL, e Fred Retter, engenheiro da equipe, iniciaram uma pesquisa preliminar para avaliar o sistema ultravioleta (UV) germicida da Cooper Lighting Solutions, chamado GUV. 

"Analisamos todo o sistema para garantir que havia proteções com controles primário e secundário", explica Caamano. "Graças à colaboração com a Cooper Lighting Solutions, agora temos os requisitos para lâmpadas UV-C e decisões de revestimentos que empresas podem usar para certificar produtos no espaço." 

Como funciona

A Cooper Lighting Solutions designou seu sistema para uso em áreas como cozinhas industriais, restaurantes de aeroportos e até mesmo cubículos de grandes empresas. O sistema coloca, estrategicamente, lâmpadas emissoras de luz UV-C que brilham no espaço a ser esterilizado. 

Botões de liberação colocados em todo o espaço forçam o operador do sistema a andar pelo ambiente para verificar se está mesmo vazio. O operador precisa pressionar cada chave para ativar o sistema. 

Depois que o operador verificar o ambiente, ele fecha a porta e liga o sistema. Após certo tempo, o sistema é desligado e as pessoas podem entrar novamente no recinto. Se alguém abrir a porta por acidente, um interruptor da porta, operando como aparato de segurança, desliga o sistema. 

"Um dos problemas que vimos com frequência em diversos desses produtos germicidas é a falta de proteções", comenta Barzideh. "Com isso, me refiro a um mecanismo ou algum outro princípio de operação que evite que as pessoas passem por exposição acidental, mesmo que por falta de atenção."

Para ajudar a minimizar a possibilidade de exposição acidental, a UL integrou proteções redundantes nos requisitos. Dentre as diversas proteções, estão: interruptores operados por chaves, sensores magnéticos e botões de liberação. Se alguém entrasse pela porta, iria disparar o sensor magnético, forçando o sistema a desligar. Indicações também são recomendadas, mas não contam como proteções no requisito. 

"Fomos ainda mais longe para garantir que isso [o recurso à prova de falha] operasse mesmo se algum sensor falhasse", revela Caamano. "A redundância está no DNA dos requisitos, e documentamos tudo isso no resumo da investigação."

As proteções funcionam em série para diminuir ainda mais a chance de exposição acidental. Se alguém entrar no ambiente, é improvável que o sistema possa ligar e, se alguém tentar entrar na sala com o sistema em uso, uma proteção evita que isso ocorra. 

Barzideh acrescenta: "Quando avaliamos um sistema, nós o configuramos da maneira mais desvantajosa permitida pelas instruções de instalação. Em seguida, realizamos um teste de falhas para descobrir o que acontece se alguém tentar entrar pela porta, passar por uma janela, desativar ou violar uma proteção. Deve haver um medida reserva para assegurar que o sistema evite a exposição excessiva, através do desligamento ou não possibilitando a ativação em primeiro lugar."

Perigos da UV-C

A luz UV-C age atacando os ácidos nucléicos (DNA e RNA) de um micro-organismo. Esse dano celular evita que o organismo se reproduza. Graças a essa capacidade de interromper a reprodução, cientistas classificam a tecnologia UV-C como radiação germicida com propriedades esterilizantes e biocidas. 

Mas, por mais útil que a UVC seja em matar patógenos perigosos, sua radiação não faz distinção. A exposição à luz UV-C ataca todos os micro-organismos: inclusive células humanas, animais e de plantas. E, embora a exposição excessiva leve apenas alguns segundos, os sintomas podem aparecer apenas depois de um ou dois dias, gerando atrasos no tratamento. 

Qual o futuro da iluminação UV-C e da UL?

Desde o início ao fim, a equipe de Iluminação levou algumas semanas para concluir a pesquisa. A UL publicou três conjuntos de requisitos, como parte do resumo da investigação dos sistemas germicidas, além de um parecer técnico, para ajudar os consumidores a entenderem quais dispositivos germicidas são seguros para uso e como operá-los em segurança. 

"É incrível como colaboramos rapidamente para elaborar o resumo da investigação", ressalta Retter. "Isso envolveu diferentes partes e níveis de esforço para que o projeto fosse concretizado."  

"É gratificante trabalhar em um projeto como esse, sabendo que é para um bem maior", revela Burt. "Todos queremos fazer algo para ajudar a sair dessa pandemia. O projeto Cooper Lighting Solutions foi reconfortante, e senti que tudo vai ficar bem."